Seja no catolicismo, no judaísmo, na umbanda ou no candomblé, o casamento é sempre dos momentos mais aguardados e felizes na união de duas pessoas. E para tanto, cada fé, cada religião possuí seus preceitos e tradições na hora da cerimônia. Pensando nos padrinhos e convidados que passaram por celebrações que nem sempre são as de sua fé, reuni aqui as cinco cerimônias mais diferentes que existem. É claro que existem inúmeras outras formas e cultos ao amor, porém, estas são exemplificações mais tradicionais, que dificilmente vão se alterar, como é comum em um casamento espirita, evangélico e até umbandista, onde cada cerimônia é de um jeito.
Curta a página do Aonde Casar no Facebook!
Se na católica o noivo não pode ver a noiva no grande dia, na cerimônia judaica, o futuro marido é proibido de trocar olhares ou palavras com a pretendida uma semana inteira. Para o casamento, o noivo se cobre com o Talit, manto usado para orar. E para evitar o engano de Jacó, que se casou com Léa em vez de Raquel por não ver sua face, a noiva entra com o rosto descoberto e o noivo só o cobre com o véu antes de entrarem na “chupá” (leia-se Rupá), uma cobertura aberta nos quatro lados, que faz referência à tenda de Abraão, receptiva a todos. Na “chupá”, a noiva dá sete voltas no noivo, na qual cada volta representa um dos sete dias da criação do mundo por Deus, e neste caso a criação de uma nova família.
Em seguida, são ditas as sete bênçãos, que se referem à criação do mundo e do homem, à sobrevivência do povo judeu e da terra de Israel, ao casamento, à felicidade do casal e à criação da família, e o noivo tira o véu da noiva. Para encerrar a cerimonia, um copo é quebrado como sinal de alegria e como um ensinamento de que paralela a felicidade, existe a tristeza, e da mesma forma que o copo não pode ser emendado, o casamento muda os noivos para sempre. Em seguida, é dito Mazal Tov, a expressão hebraica para boa sorte.
Leia também: Rio de Janeiro, o destination wedding com sotaque de felicidade
Esqueça os padres, juízes e oficiais de matrimonio, porque em um casamento budista, quem realiza a cerimônia é uma pessoa importante para os noivos, que pode ser um amigo, um familiar ou até mesmo um filho. O importante é ser conhecedor dos preceitos da base filosófica humanista de Nitiren Daishonin. Entre as etapas dos festejos estão: o proferir do Nam-Myoho-Rengue-Kyo, que significa devotar a vida à Lei Universal de Causa e Efeito para adquirir a compreensão sobre a essência real da existência; leitura dos dois principais capítulos do Sutra de Lótus; e o San-San-Kudo, “três três nove vezes” traduzido ao pé da letra, na qual são oferecidas três taça, uma de cada vez, aos noivos. A primeira representa gratidão, a segunda, o juramento e a terceira, o desejo de prosperidade.
Para os católicos, o casamento é um dos sete sacramentos – atos que aproximam os filhos do pai. Na cerimônia religiosa, alguns ritos são proferidos, neste caso, pelo padre, que são: rito do matrimônio, oração universal ou dos fiéis, liturgia eucarística e bênção final. Durante as promessas, os noivos afirmam estar ali por livre e espontânea vontade e prometem, além de fidelidade um ao outro e companheirismo, receber os “filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja”. Uma diferença das demais religiões, é a presença dos padrinhos, que neste caso servem como testemunhas do juramento e do amor dos noivos. Toda de branco, a noiva carrega todo um significado com seu vestido, véu e buquê, que você pode ler mais aqui. Um detalhe importante: para receber o sacramento, ambos os noivos precisam ser batizados.
Leia também: Centurion Palace: a mais luxuosa opção em Veneza
Cerimônia ecumênica e inter-religiosa
A cerimônia ecumênica é realizada quando os noivos não compactuam da mesma religião, porém, querem que suas tradições sejam mantidas. O tradicional, é unir os representantes de ambas os cultos e entrar em um acordo sobre a ordem nas celebrações. Neste caso, vou ser um pouquinho intrometida e dar uma sugestão. Já assisti a inúmeros casamentos deste tipo, muitos deram certo, e muito erradíssimos. Os certos foram aqueles que proclamaram as semelhanças entre as duas crenças de forma respeitosa e amorosa. Os errado foram os que tornaram aquele altar em um ringue de luta e de divergências religiosas, no qual cada tentava ressaltar a supremacia da sua fé.
E mais: Palco de filmes de Hollywood, Oheka Castle é garantia de casamento de princesa
A simplicidade e a misticidade que envolve o casamento hindu muito me cativa. Durante a cerimônia, a noiva oferece iogurte com mel ao futuro marido, em sinal de pureza e doçura. Após este passo, os dois se presenteiam com um colar, e é chegada a hora do pai entregar a noiva oficialmente ao noivo. É então realizada a troca de anéis, e a cerimônia prossegue com a purificação do ambiente com óleos e essências.
Que tal, gostaram?
Agora é só escolher a sua preferida, pegar o noivo de jeito e correr para o altar.
Um beijo e até o próximo post.